terça-feira, 1 de janeiro de 2008

ENTRE O ESSENCIAL E O SECUNDÁRIO

A principal diferença entre um homem de fé e o indiferente está no fato de que o primeiro renuncia a uma parte do secundário para ter o Essencial, enquanto que o segundo, tratando de agarrar todo o secundário, renuncia totalmente o Essencial.

Pe. Giovanni Martinetti

Nas minhas férias estive a ler um livro chamado: Razões para crer, do Pe. Giovanni Martinetti que me confirmou duas teses defendidas por minha pessoa. Primeiro: temos muitas razões para crer. Segundo: Muitos líderes evangélicos precisam aprender apologética com parte considerável da liderança católica. Mas como o tema do presente escrito não é a ignorância teológica da maioria de nossa liderança cristã-evangélica e sim, as inúmeras razões que temos para crer e fazer crer.

O livro é de uma riqueza apologética insofismável, é um livro que fala de fé com clareza, objetividade e razão, mostrando o quanto é razoável crer em Deus, na Bíblia e nas pessoas.

O que mais me chamou atenção no livro é como existem duas classes de pessoas bem específicas, a saber, o de fé e o indiferente. Mas para além dessa classificação didática e lúcida, nos fica também explícito quanto o indiferente sofre com tanta indiferença. Os indiferentes são realmente diferentes, pois é no meio dos tais que ocorrem mais suicídios, homicídios, abortos, divórcios, consumo de drogas e, nos últimos anos, tem crescido entre os indiferentes o número de soropositivos de Aids.

O fato é que faltam referências firmes aos indiferentes e essas referências estão em nossas mãos, nas mãos dos homens de fé, pois só nós é que podemos mostrar aos indiferentes que Jesus é o caminho a verdade e a vida (Jo 14:6). Nós devemos mostrar aos indiferentes que o Não matarás (Ex. 20:13) sempre vai será a melhor decisão. Nós, os homens de fé, devemos mostrar aos indiferentes que melhor é serem dois do que um, porque assim terão melhor proveito em sua existência e que, se um cair, o outro levanta o seu companheiro (Ecl 4:9,10). Devemos mostrar aos indiferentes que obedecer a mãe e o pai é justo e prolonga nossos dias na terra (Ef 6:1, 2). Devemos mostrar aos indiferentes que melhor é deixar a mentira e falar a verdade, porque somos membros uns dos outros (Ef 4:25). Devemos levar os indiferentes a venerarem o matrimônio e o leito sem mácula, pois isso os livrará do julgamento divino (Hb 13:4). Temos que mostrar aos indiferentes que existe um novo céu e uma nova terra (Ap 21:1), não podemos privá-los de saber que Jesus cedo vem (Ap 22:20)

O fato é que se você nunca disse nada disso aos indiferentes que sobrevivem ao seu redor, já não sei mais quem são os indiferentes desta história, mas passo a conhecer os causadores de tanta indiferença!

Nós temos e conhecemos o Essencial, compartilhemos! (I Co 11:23a).

Não é verdadeiro que o homem, como às vezes se diz, não possa organizar a Terra sem Deus. O que é verdadeiro é que, sem Deus, ele só consegue organizá-la contra o próprio homem!

Henri de Lubac – O drama do humanismo ateu.

Um comentário:

Diz aí... o que pensas?