segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Poesia da Triste Verdade


Nunca mais vou esquecer
Seu rosto quando você me viu
Que expressão triste
Que decepção
Meu Deus! Ele de novo não!
A sua expressão tão clara
Tão explícita
Confesso que fiquei atônito
Sem chão
Fiz um exercício de memória
E de fato não lembro de seus olhos brilharem nunca ao me verem
Mas louco que sou prossegui em sua direção
E ensaiei um abraço
Você imóvel
Estátua
Estática
Predialmente parada
Meus braços abraçaram o seu corpo
Seus braços imóveis e colados ao seu corpo
Eu me senti uma cerca
Uma prisão
E quem sabe eu tenha sido isso mesmo
Uma cerca
Uma prisão
Vieram algumas palavras bobas...
Aquela sensação horrível "do que eu tô fazendo aqui?"
E no coração uma certeza singular
De que eu deveria partir
Sem olhar pra trás
E assim eu fiz...
Parti
Com uma raiva tola
Uma tristeza amiga
Minha razão zombando-me
E a insigne decepção
De todos os fins

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