sábado, 8 de dezembro de 2012

CONVERSA COM A MORTE I


Semblante grave, roupa mais escura do que clara...
A personagem se apresentou como a morte...
Sentou na beira de minha cama e disse que não precisaria saber o meu nome, pois não era a minha hora...
Ela disse que veio me visitar, pois apesar de ser a morte, achou interessante minha vida...
Afirmou gostar dos livros que leio, das músicas que ouço e dos filmes que vejo...
Num piscar de olhos sumiu e fiquei com a sensação que ela é a minha maior certeza...

4 comentários:

  1. "Num piscar de olhos sumiu e fiquei com a sensação que ela é a minha maior certeza..."
    Gostei, também tenho essa sensação,apesar de que ela é minha maior certeza fico confrontando ela tentando mostrar em nossas conversas interiores que posso ter a esperança que algo em mim seja eterno, acho por isso escrevo é um desafio á ela pois palavras podem atravessar os séculos ou talvez não,podem se perder no tempo.
    Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Eis que a vi à minha frente, um tanto pálida, um tanto triste, um tanto morta. Fitava-me seriamente com um semblante de quem estava a pensar. Perguntei-lhe em que pensava e por que estava a me olhar tão fixamente. A Morte pôs-se a falar com uma voz rouca e amargurada, porém ainda com olhar fixo e distante:
    -Enquanto a observar-te estava, uma questão em minha mente passou a me incomodar. Não tenho certeza se um dia te levarei comigo, és diferente dos demais homens, pareces mais vivo que eles. Talvez não chegues a experimentar do meu beijo, pode ser que sejas arrebatado de meus braços sem que eu possa sentir o sabor de teus lábios ou apenas um seno leve te leve para que um dia sejas acordado e levado para longe de mim, pois um dia me foi perguntado: onde está ó Morte a tua vitória? E várias das cartas de possessão que eu tinha foram compradas, e agora só o que posso é observar-te ao longe esperando sem esperança a tua queda.
    Um tanto curioso a perguntei:
    -Por que dizes esperar sem esperança a minha queda ó moça nefasta?
    Respondeu-me a Morte:
    -Porque vejo teu andar e a tua vida, sei que és protegido daquele que decretou a minha derrota. Queria ao menos tocar-te, mas perto não posso chegar, tenho quase certeza que nunca mais serás meu. Foste subitamente tomado de mim, já não me pertences mais e agora estou a prantear amargamente, pois as almas que um dia tive em minhas mãos me foram tomadas e incessantemente busco almas que comigo queiram dançar uma mórbida dança, mas aqueles que me foram tirados ainda pesam no âmago e o opróbrio está sobre mim, não tenho quem me socorra e meu fim é certo.
    Com um sorriso sarcástico no rosto disse-lhe:
    -Teus lamentos não suporto mais, és objeto de escárnio para mim, saias da minha presença! Vai-te para longe de mim e em teu lugar espera a tua hora, que de longe eu observarei a tua morte ó Morte.
    E da minha presença se foi com sua típica amargura e ódio sabendo de sua derrota e que sua morte era certa. E eu a desejar nunca mais me defrontar com tal desgraçada presença. Para mim apenas a Paz é certa e da Morte já não me lembro mais.



    Foi mal professor, mas isso me vio à cabeça quando li o seu texto ^.^

    ResponderExcluir
  3. Paz de Jesus,ao passar pela net encontrei o seu blog, estive a ler as primeiras
    postagens e posso dizer que é um blog fantástico,
    com um bom conteúdo, dou-lhe os meus parabéns.
    Tenho um blog Peregrino E Servo que ficaria radeante se o visita-se,
    e se desejar comente,e se gostar e quizer seguir esteja à vontade, irei retribuir.
    Sou António Batalha seu conservo em Cristo Jesus.

    ResponderExcluir

Diz aí... o que pensas?