terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Incrédulos

Sou íncola
Das palavras frias, quase cinzas...

Sou incompassível
Dos que não amam ler...

Sou inconcusso
Dos que entendem a vida, mas não entendem a arte...

Sou inconspícuo
Dos que me amam em vida...

Sou inconsulto
Dos que consultam a vida...

Sou incorpóreo
Dos que buscam o belo...

Sou incorreto
Incorrigível
Incorruptível
E de tantos “ins”
Incrédulo dos que se dizem sem fé em DEUS...

Das sem nexo...

Da inútil ausência se aproveita a aurora
Na feroz jornada se aproveita a estada
De quando se está sozinho se aproveita o nada
E da feliz jornada se aproveita o fora

Das palavras sem nexo, das idéias incivis
Se faz um poema relapso que não será nem lido e
Que logo será abatido...