quarta-feira, 30 de julho de 2008

Existir é complicado...

Pessoas...

vêm e vão
Alguns vêm e pensamos: é pra ficar
Mas aí entra a nossa humanidade, mas inimiga do que amiga, e a pessoa foi
quase sem avisar....

mas ainda bem que têm as que nem vinham para ficar
mas ficam

e aí não ficamos só

"Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partirSão só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontroÉ
também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida"

M. Nascimento E F. Brant

Eles têm razão....

terça-feira, 29 de julho de 2008

Lya Luft, Veja eu!

No último dia 23/07/2008, Lya Luft escreveu um texto publicado na Veja com o seguinte título: "A matança dos bebês" (http://veja.abril.com.br/230708/ponto_de_vista.shtml), o título, a grosso modo, fala dos altíssimos níveis de mortalidade infantil proporcionados ao Brasil, Pará e Belém por um hospital débil e frágil, reflexo de um governo débil e frágil também, mas que continua lá, matando bebês. E na ânsia de dialogar com Lya, escrevi o seguinte e-mail a ela e a Veja:


"Querida Lya Luft, permita-me lhe ajudar na escrita, mas aquela capital do norte é Belém e o estado é o Pará, que há muito têm sua imagem suja e empobrecida por uma corja de políticos animalescos e débeis, tipo Jader Barbalho e agora, como brinde, temos um goverto do PT, isso, PT, aquele de bandeira vermelha que por onda passa deixa rastro de sangue (olha só a maternidade no Pará e suas crianças sem direito a vida), sem contar os incontáveis que morreram anônimos depois da devassa com o dinheiro público feita por Delúbio, Valério e cia.

Ou será que ninguém morreu de fome ou em algum hospital do Brasil por falta de dinheiro, que em vez de estar a disposição do povo, estava a diposição da eleição de um presidente fraco, a serviço de uma democracia fraca e a des-serviço de um povo que, além de fraco, é burro (não me venham dizer que um povo que elege Maluf, Clodovil, Collor - mais do mesmo-, Frank Aguiar, Palloci, Genuíno, João Paulo Cunha, é inteligente?).

Querida Lya, perdoe a imbecilidade dos governantes de meu estado e obrigado por usar seu espaço para alertar o Brasil sobre a chacina legalizada pelo poder público paraense...

faltar-me-ia tempo a falar das delegacias com menores de brinde...

faltar-me-ia tempo para falar dos fazendeiros assassinos soltos...

faltar-me-ia tempo para falar dos sem-terra assassinados e seus assassinos livres....

faltar-me-ia tempo para falar de um Jader Barbalho solto e os ladrões de galinha, presos...

faltar-me-ia tempo para falar de nosso insigne presidente do superior tribular federal soltando (duas vezes, só pra mostrar quem manda aqui nessa zona, rapaz!) nosso ilustre banqueiro Dantas que é rico, mas aqui entre nós, nunca roubou ninguém, ele deve ter feito descarrego na universal ou coisa do tipo com o macedão....

faltar-me-ia tempo para falar dos brasileiros que não aguentam mais um judiciário para ricos, um legislativo para poucos e um executivo entregue!

Faltar-me-ia tempo mesmo, por isso já vou... pois sei que o tempo que não tenho, mas invisto aqui, não vai mudar nada mesmo!

Um forte abraço insofismável Lya e que entre "perdas e ganhos" chegue a época de ganharmos alguma coisa, pois já não aguentamos tantas perdas - rsrsrsrsrsrs...."

NÃO TENHO FÉ PARA SER ATEU I

Dostoiévski disse, com razão, que "se Deus não existisse, tudo é permitido". Se não existem certezas intuitivas e razoáveis a respeito de Deus criador e revelador, desmoronam os fundamentos de uma ética válida para todos, desaparecendo com eles também os direitos humanos e a possibilidade de convivência social.

Os ateus, os mais débeis, dizem que, se Deus existe, o homem não é livre. No entanto, se cada motorista tiver a liberdade de estabelecer as suas próprias leis de trânsitos, ninguém terá a liberdade de transitar.
O homem não criou as leis de seu organismo, mas deve estudá-las e adpatar-se a elas: só terá saúde e bem-estar se as seguir. Ter liberdade não significa privar-se de ar ou de alimento. Da mesma maneira, o homem não pode criar a sua própria ética; ela já está pronta e faz parte das leias da natureza. É a lei de sua natureza espiritual; seguindo-a, o homem encontra satisfação interior e liberdade.

Por esse motivo, e outros que publicarei depois, não tenho fé para ser ateu, ou seja, não me vejo submisso e escravo do delírio que é o ateísmo.

As razões para ter fé são a bússula que marca um Norte igual para todos. Se a agulha se desmagnetiza, o timoneiro não pode mais ir aonde quer. Ele é livre. Mas não há vantagem nisso.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Aberração Edir Macedo






Edir Macedo diz, ou melhor, Edir Macedo surta:


As pessoas não devem dar ofertas para ajudar a igreja, mas para ajudar a si próprias. Quando dá está fazendo um investimento para si, na sua vida. É o que mostra a Bíblia. Quem dá tudo recebe tudo de Deus. É inevitável. É toma lá, dá cá [...]. Quando alguém faz um sacrifício financeiro, Deus fica sem opção. Ele tem a obrigação de responder, porque é sua promessa. É a fé. Basta seguir o que Deus disse: ‘Provai-me nos dízimos e nas ofertas’” (“O Bispo”, 2007, p. 207, 215).



A Bíblia diz, ou seja, A VERDADE:


A entrega de dízimos, ofertas e outras formas de contribuições financeiras é uma prática comum entre as igrejas cristãs ao longo dos anos. O dinheiro não é o assunto mais importante da vida cristã, mas a maneira como o crente lida com ele determina sua resposta em outras questões da vida (Lc 16.10-12). O cristão amadurecido não se deixará escravizar pela avareza e pelo apego ao dinheiro a ponto de ser mesquinho em seu compromisso com a igreja. Ao mesmo tempo, esse cristão não se deixará iludir pela presunção de que seu relacionamento com Deus é pautado pela barganha, pois as bênçãos de Deus não são negociadas.


No Antigo Testamento, a entrega do dízimo baseava-se na convicção teológica de que o Senhor é o dono de toda a terra, o doador e o preservador da vida (Sl 24). O dízimo era santo ao Senhor e sua entrega seria uma demonstração prática do reconhecimento da soberania de Deus sobre a terra, seus frutos e a própria vida do ofertante. Ao mesmo tempo, a entrega dos dízimos era a expressão prática da gratidão a Deus por suas bênçãos e generosidade para com a nação israelita. Logo, aquele ato tinha significado cúltico e ocorria em cerimônias acompanhadas de intensa celebração e adoração a Deus (Dt 12.5-19). A retenção do dízimo, porém, não estava sujeita às mesmas penalidades legais provenientes da desobediência civil da lei, como exclusão social e apedrejamento. A infidelidade do povo seria disciplinada por Deus por meio de catástrofes sociais e econômicas.


Há que se notar ainda que a entrega dos dízimos era tão central à vida da nação de Israel que Neemias a restituiu tão logo o povo foi liberto do cativeiro babilônico (Ne 13.10-14). A desobediência dessa prática, de acordo com o profeta Malaquias, equivalia ao pecado de roubar a Deus (Ml 3.6-12).


Além dos dízimos, a lei mosaica prescrevia outros tipos de contribuições, como era o caso das ofertas das primícias e das ofertas alçadas (Êx 23.16, 19; 34.22-26). Essas ofertas deveriam atender ao princípio da proporcionalidade, pois eram dadas segundo a bênção do Senhor sobre os ofertantes (Dt 16.10). Segundo as normas para essas contribuições, as ofertas das primícias eram especialmente apresentadas durante a Festa das Semanas, também chamada de Pentecoste ou Festa das Primícias, por ser realizada cerca de cinqüenta dias após a Páscoa e por coincidir com os primeiros frutos da colheita anual em Israel (Nm 28.26). Parte dessas ofertas era dedicada ao sustento do pobre, do órfão e da viúva; outra parte, à realização de uma ceia comum; e ainda uma terceira parte destinava-se ao sustento dos sacerdotes. Enquanto o dízimo era anual e trienal, as ofertas poderiam ser entregues em várias ocasiões do ano, especialmente na época das colheitas ou eventos festivos. Tanto os dízimos como as ofertas eram entregues em reconhecimento da soberania e generosidade de Deus para com a nação de Israel (Dt 26.1s).


É verdade que o Novo Testamento não apresenta diretrizes claras sobre a entrega do dízimo pelos cristãos e esse fator é, no mínimo, surpreendente. Há três referências ao dízimo nos Evangelhos, e elas devem ser analisadas em seus contextos respectivos. A primeira encontra-se na parábola do fariseu e o publicano, na qual o fariseu se orgulhava de entregar o dízimo de tudo quanto ganhava (Lc 18.9-14). Ao contar essa parábola o propósito de Jesus foi condenar a atitude daqueles que “confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros” (v.9). Dessa forma, o que foi condenado na parábola não foi a prática da entrega do dízimo, mas o fato de o fariseu depender de sua justiça própria em vez de apelar para a graça e misericórdia de Deus.


A segunda referência ao dízimo nos Evangelhos está em Mateus 23.23 ou no texto paralelo de Lucas 11.42. Nesses versículos Jesus também faz referência a uma prática comum dos escribas e fariseus, que pareciam extremamente zelosos quanto à obediência dos aspectos mínimos da lei (dar o dízimo da arruda e do cominho), mas negligenciavam a prática da misericórdia, da justiça e da fé. Jesus os reprovou dizendo que deveriam “fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” Na verdade, Jesus não censura os fariseus por darem o dízimo, mas por julgarem que o dízimo substituía a base real de seu relacionamento com Deus. Jesus condenou os fariseus e escribas por sua hipocrisia, e não pela prática da entrega dos dízimos.


O Novo Testamento é repleto de diretrizes a respeito das contribuições financeiras na igreja primitiva. Em primeiro lugar, há o registro de contribuições com o objetivo de auxiliar os necessitados na igreja. Em Atos há vários relatos sobre o compartilhamento de posses com o objetivo de atender aos necessitados na igreja (At 2.45; 4.34, 36-37). A primeira eleição de diáconos teve o propósito de promover certa assistência material a alguns menos favorecidos (At 6.1-6). A prática de cuidar dos necessitados tornou-se comum entre os cristãos a ponto de Paulo exortar os membros de uma igreja gentílica, Éfeso, a trabalharem para terem “com que acudir ao necessitado” (Ef 4.28). Assim, a igreja primitiva incentivava contribuição para auxílio dos seus membros.


A prática sistemática da contribuição financeira no cristianismo primitivo que mais se aproxima da entrega do dízimo é aquela descrita como uma coleta a favor dos santos (1Co 16.1-3; 2Co 8-9). É importante observar que alguns cristãos receberam a exortação de Paulo com alegria e interpretaram a contribuição como um privilégio (2Co 8.4). Aquela coleta foi incluída na liturgia da igreja de Corinto (1Co 16.1-2) e deveria ser interpretada como uma expressão de generosidade, gratidão e adoração a Deus (2Co 9.10-13). Em outra ocasião, Paulo insistiu que aquela prática fosse interpretada como um ato de obediência ao evangelho de Cristo (2Co 9.13). Deve-se considerar o aspecto sistemático e o planejamento envolvido naquela coleta, a ponto de Paulo afirmar que a igreja de Corinto estava preparada havia um ano para fazê-la (1Co 16.1,2; 2Co 9.1-2). Por último, aquela contribuição seria proporcional, conforme a prosperidade do contribuinte (1Co 16.2). Dessa forma, todos os cristãos contribuiriam de forma igual, não em valor, mas no percentual.


Concluindo, a perspectiva do bispo Macedo sobre contribuições cristãs contraria o ensino das Escrituras sobre esse assunto. Segundo a Bíblia, o objetivo da contribuição do crente não é para ajudar a ele mesmo, mas para expressar sua gratidão a Deus, bem como o reconhecimento de que todo o seu sustento vem do Senhor. Sua interpretação de que o texto de Malaquias 3.10 — “provai-me nos dízimos e nas ofertas” — seja uma promessa que deixa Deus sem opção se parece mais com a doutrina espírita da “causa” e “efeito”. Somente o entendimento espírita do “toma lá, dá cá” justificaria semelhante interpretação. A contribuição cristã deve ainda ter o objetivo de ajudar os irmãos na fé, e neste sentido a igreja é fortalecida. Por último, a perspectiva bíblica sobre contribuição não tem a natureza comercial que o bispo defende. O Deus que se revela nas Escrituras nunca pode ficar refém do contribuinte, pois este não lhe faz favor algum.


• Valdeci da Silva Santos é pastor da Igreja Evangélica Suíça e professor no Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper, em São Paulo.




(Publicado na Ultimato - http://www.ultimato.com.br/?pg=show_artigos&artigo=2127&secMestre=2193&sec=2200&num_edicao=313 - acessado no dia 28/07/2008)

Sobre a ausência presente dos santos...


O ausente

demasiadamente ausente

agora mais ausente

mas presente

já que de acordo com o onipotente

mesmo ausente o ausente

tem sobre si, sua obra que o segue

de seus trabalhos ele descansa

o descanso dos santos

demasiadamaente ausente o ausente senti

o que é estar ausente daqui e presente aí

ou melhor

ali

ali com Ele, o onipotente


Apocalipse 14:13 "E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem.

Ele vem! Mas para quê e para quem?



Uma das maiores verdades do cristianismo reside na seguinte assertiva: “JESUS VOLTARÁ!”

Mediante tal verdade surgem duas interrogações: Volta por quê? E por enquanto respondamos essa, pois é bem simples sua resposta: - vem para buscar seu povo! Leiamos João 14:3 – “Se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver”.


Este período composto começa com uma oração condicional, ou seja, antes de tudo, Jesus precisaria “ir”, então, só podemos concluir que se Jesus “fosse” nosso lugar estaria preparado, e aqui surge outra dúvida: Jesus foi? Sim, ele foi – At. 1:10 – “E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco” – Esse versículo é interessante porque além de confirmar a sua ida, ainda nos diz para aonde – para o Céu. Voltemos a Jo 14:3 – “para que estejam onde eu estiver”, ora, se ele foi ao Céu preparar lugar, quer dizer que este lugar é no Céu e se Jesus está no céu quer dizer que nós estaremos com Ele lá no Céu. Que indelével promessa!


Agora sabemos que Ele vem, pois ele nos disse que vem, os anjos também nos testemunham essa verdade (At. 1:10, 11), sem citar Pedro, Paulo e Cia. Então é fato que Jesus voltará! Mas agora surge a segunda pergunta e esta, ao meu ver, é mais complicada de responder: Para quem Jesus vai voltar? O “para quê” sabemos, é para buscar um povo, pessoas, mas quem são essas pessoas? Quem é esse povo? Alguém mais afoito pula e responde: - Ele vem buscar sua igreja! Perdoe-me o enunciador de tal resposta, mas essa está muito evasiva, são tantas igrejas.... e o conceito de igreja é tão fluído... prefiro o termo “pessoas”, que alguns também podem achar evasivo e fluído, mas evidenciarei algumas características que me fazem acreditar que a noção de “pessoa” é mais consistente e traz em sim, implicitamente, a noção de igreja.


Primeiramente, Jesus vem buscar os que têm fé! Isso mesmo, leiamos I Jo 5:4,5 - "Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. Quem é que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?"


Jesus vem buscar os que têm vida santa, leiamos I Ts 5:23 - "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo".


Jesus vem buscar os que estão acordados, leiamo Rm 13:11 - "E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé".


Jesus vem buscar os preparados, leiamos Lc 21:34 - "E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia".


Jesus vem buscar os herdeiros, leiamos I Pe 1:3-5 - "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós, Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo".


Jesus vem buscar o que vencer, leiamos Ap 21:7 - "Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho".


E aí?


Ele vem!


E você, vai? Ou fica?



domingo, 27 de julho de 2008

Nós, os cristãos, e Hancock


Nem todo super-herói do cinema nasceu nas histórias em quadrinhos. O mais recente deles, Hancock, é uma criação original para a telona, assinada pelos roteiristas Vincent Ngo e Vince Gilligan, nomes experientes em seriados de TV.

E quem seria, afinal, este Hancock? Quais os seus superpoderes e os seus segredos? Vivido por Will Smith, Hancock é tão forte, indestrutível e voador quanto o Super-Homem. Pelo menos neste primeiro filme, nada se percebe em relação à visão de raio laser, sopro congelante ou coisas do gênero. O que realmente chama a atenção é que se trata de um super-herói marginal, outsider, alcoólatra, sem uniforme e odiado pela população.

Os últimos adjetivos me lembram nós... os cristão, pois antes éramos tudo isso: marginais, outsider, alcoólatras, sem uniforme e odiados pela população, sem contar outros... rsrsrsrs....

Depois de nossa conversão quem sabe ainda continuemos odiados por alguns,

"(...)porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar(...) I Pe 5:8".

Mas não mais marginais, alcoólatras, sem uniformes. Muito pelo contrário!

Vejamos o que a Bíblia nos diz sobre essas coisas....

Não mais marginais : "Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia. I Pe 2:9". Antes ficávamos por aí, sem identidade, sem rumo, sem próposito, mas agora não, agora somos parte de um povo, um povo eleito e destinado ao Céu!

Não mais alcoólatras, mas agora sóbrios: Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios (I Ts 5:6) / Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios (I Ts 5:8) / Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério (II Tm 4:5) / Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo (I Pe 1:13) / E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração (I Pe 4:7).

Sem uniformes, nunca! "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes Ef 6:13".

Pois é... então Hancock não seria um modelo de cristão para nós? Sim, acredito que sim, pois veja. Ele é o diferente de seu tempo (quem mais diferente do que nós os cristãos), ele é o odiado de seu tempo (em não poucos lugares cristão são assassinados sem direito a enterro), mas acima de tudo, Hancock é INCOMPREENDIDO e PODEROSO.

Nós, os cristãos.... nada mais incompreendido e poderoso do que nós. O mundo não entende por que não trocamos o dia pela noite em boites e bebedeiras, o mundo não entende por que não aderimos a mesas de samba e cervejada, o mundo não entende por que não traimos nossas mulheres e maridos, o mundo não entende por que amamos invés de odiar... o mundo não entende!

Sobre sermos poderosos... outra grande dúvida, e essa até dos cristãos. Somos poderosos porque temos a Palavra da Verdade (II Co 6:7), somos poderosos pelo Poder do Espírito (Rm 15:19) e somos poderosos por que o que está conosco é mair do que o que está no mundo: "Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo - I Jo 4:4".

Depois de assistir ao Hancock desejei ser ele e desejei não ser ele...

De Hancock não quero a bebida, não quero a rabijuce e nem quero destruir nada

Mas de Hancock quero: ajudar pessoas, ajudar pessoas e ajudar pessoas, mesmo que para isso tenha que me sacrificar como ele... se bem que não é privilégio dele, pois JESUS já se sacrificou antes por todos nós.

Querem um bom filme? Assisitam ao Hancock.

Querem uma boa vida? Assistam, aceitem e vivam JESUS!

domingo, 13 de julho de 2008

Concretismo revisitado...?


poesia, por que?
poesia, quando?
poesia,
como?
poesia, onde?
É uma noite fria de Abril, eu tenho um pesadelo terrível, acordo
chorando, meu corpo queima como se estivesse no inferno,
tiro minhas roupas e saio correndo pela rua . Está
chovendo, está chovendo muito. Uma velha
mendiga aleijada me pede esmolas,
ela tem fome, ela tem sede, ela
não tem vida. Eu sinto a dor
dessa mendiga, eu sou
essa mendiga, e eu
não dou esmolas.
Corro despido
pela rua.
Grito


(poesia concreta - Escritas por Victor Az - http://concretismo.zip.net/)


quarta-feira, 2 de julho de 2008

SOBRE MORTE E POESIA



Morte e poesia deveriam ser um binômio para reflexão de todos nós. Principalmente os cristãos, pois o morrer para os cristãos é algo poético - rsrsrsrs.... pois sabemos para onde vamos e com quem estaremos!


"Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor DEUS as lágrimas de todos os rostos, e tirará o opróbrio do seu povo de toda a terra; porque o SENHOR o disse" Rm 12:12

A um ausente

Tenho razão de sentir saudade, tenho razão de te acusar. Houve um pacto implícito que rompestee sem te despedires foste embora. Detonaste o pacto. Detonaste a vida geral, a comum aquiescência de viver e explorar os rumos de obscuridade sem prazo sem consulta sem provocação até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora. Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas. Que poderias ter feito de mais grave do que o ato sem continuação, o ato em si, o ato que não ousamos nem sabemos ousar porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti, de nossa convivência em falas camaradas, simples apertar de mãos, nem isso, voz modulando sílabas conhecidas e banais que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades. Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto nas leis da amizade e da natureza nem nos deixaste sequer o direito de indagar porque o fizeste, porque te foste.


Carlos Drummond de Andrade



Alguns vêem neste poema de Drummond um suicídio, mas como o texto poético me possibilita um leque de leituras, me atenho a idéia de morte, uma simples morte. Caso você seja um leitor mais impertinente, possibilito-te uma outra leitura, sem suicídio - rsrsrsrs....


Ausência


Por muito tempo achei que a ausência é falta.

E lastimava, ignorante, a falta.

Hoje não a lastimo.

Não há falta na ausência.

A ausência é um estar em mim.

E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,

que rio e danço e invento exclamações alegres,

porque a ausência, essa ausência assimilada,

ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade