terça-feira, 1 de janeiro de 2008

SISTEMAS ECLESIÁSTICOS, SIM. MAS, IGREJAS DE CRISTO, NÃO E NUNCA!!!!!!!!!!

Sou um homem da crítica! E como tal, faço parte de um grupo de cristãos que vêem com clareza e objetividade as mazelas dos vários sistemas eclesiásticos brasileiros. Vejo e vivo muitas das manipulações, opressões, enganos e ilusões criadas por esses sistemas eclesiásticos, sobre as massas famintas por libertação e graça que compõem tais sistemas eclesiásticos, que de tão ousados e pérfidos em seu modo de agir, se chamam até de igreja, e os mais diabólicos deles, se chamam até de igreja de Cristo.

O fato é que não são de Cristo. Já, se são do diabo, não posso afirmar com certeza, pois esse pode me processar por calúnia e difamação, bem como, danos morais, se bem que, do último, não há o que temer, pois desde a criação esse já não tem moral mesmo. Mas o fato é que tais sistemas são tão pérfidos e ao mesmo tempo imbecis em suas formulações litúrgicas e teológicas, que duvido da ação maligna, pois o capiroto, pé-preto, cramunhão, coisa-ruim me parece um sujeito bem mais inteligente. Acredito que quem fica com ônus da burrice em se deter a tais sistemas eclesiásticos é o ser humano mesmo!

Aqui me falta espaço para formular todas as minhas críticas a esses sistemas, mas, por hora me deleitarei nos fartos exemplos da IURD. Caberia aqui também assembléia de Deus(que há muito não sei é de Deus como pleiteia, mas...) e algumas batistas pós-modernos, que no devido tempo terão suas debilidades aqui expostas.

Os bispos da universal alardeiam: a RECORD É NOSSA! Alguns evangélicos até se empolgam com o tamanho da conquista, mas em termos de resultados para o crescimento do evangelho: ZERO. Através da Record, a IURD cresce, mas o evangelho não. Pode parecer paradoxo, cresce a IURD e não cresce o evangelho? SIM! É ISSO MESMO! Pois este sistema eclesiástico tem pouca coisa a ver com o evangelho, aquele evangelho da Bíblia, de Jesus, não estou falando aqui do evangelho das conquistas materiais, a tal da teologia da prosperidade, essa vale para os seus criadores, que ficaram e ainda estão ficando rico a custa de muitas guerras, mortes e invasões de terra alheia, mas para o Brasil essa teologia me parece fraca e insustentável. Não que ser rico seja ruim, não, de forma alguma. Mas, ficar rico na base do sacrifício financeiro em nome de Deus, aí é demais para minha mente!

Mas, voltemos a Record, leia comigo parte de um artigo, do autor cristão Julio Severo, publicado no site Mídia sem máscara – (www.midiasemmascara.com.br/artigo): O autor da novela Cidadão brasileiro, introduziu o tema gay de um modo sutil, sem ver nenhuma oposição dos bispos da Record. Ele confessa, na matéria da Veja: Eu me soltei mesmo. Até porque a emissora está aberta a novas experiências.

Leiam novamente a afirmação do autor da novela: Até porque a emissora está aberta a novas experiências. Não sei se estou equivocado, mas pensem comigo: seria, entre essas novas experiências, uma experiência homossexual? Ou não? Será que estou maluco? Ou não sei ler? Não falo mais nada, deixo com vocês Julio Severo, que não está sendo severo em suas poderações, só está sendo Cristão, Bibliocêntrico e Cristocêntrico: É impróprio até para uma emissora secular abraçar a causa gay como normal. Mas é difícil entender como a TV Record (que pertence ao Bispo Macedo) pretende — para usar uma expressão sem rodeios — trabalhar ao mesmo tempo para Deus e o diabo. Nunca se poderia imaginar uma emissora que se diz evangélica (nem sei se se diz... mas pela origem do dinheiro que a bancou, e quem sabe banca, bem como o trabalho de seu dono - bispo macedão, deveria ser evangélica) tratando da questão homossexual numa mensagem de adultério que nenhum benefício trará às famílias. Falta à Record e aos bispos que a controlam abrirem-se para novas experiências — com Aquele sobre quem eles tanto pregam. Outros até poderiam dizer que lhes falta vergonha. Faria muito bem aos bispos da Record pensar mais em Deus do que em dinheiro. Do contrário, a programação de sua televisão testará a paciência não só do povo do Brasil e do povo de Deus, mas também do próprio Deus.

Muito perspicaz o irmão Julio Severo em suas ponderações. Agora, me faltaria tempo para comentar sobre as fogueiras santas, que de santa não tem nada, a não ser muitas das pessoas que estão ali acreditando cegamente na provisão divina com base na troca financeira, não por convicção de crença, mas por ignorância bíblica e teológica. O descarrego, que me parece uma leitura evangélica pós-moderna da umbanda, é uma espécie de culto-afro evangélico, onde sai o terreiro e entra o templo evangélico, que na ânsia de parecer europeu, chamam-se de catedrais, sai a figura do pai de santo e entra a figura do pastor, e por fim, saí a figura dos exus e oguns entram os demônios dando entrevista e falando de suas intimidades diárias, como um espécie de “Revista Caras”, mas, um “Caras eletrônica”, pois aparece na tv e também evangélica, pois faz algumas citações, transloucadas, sem sentido e por conseguinte, infelizes, do texto bíblico e, às vezes, falam de Deus, Jesus, Céus e anjos, mas a preferência do script são os demônios, diabo, etc...

Faltar-me-ia tempo ainda para falar das longas entrevistas que o demônios(palhaços) dão na Record e em todas as rádios desse sistema eclasiáticos. Quando os vejo dando suas biografias, penso: Demônio pop star! Belzebu na mídia!. O ruim(ou bom, realmente não sei...) vai ser quando os seminários começarem a oferecer o curso de “teologia com ênfase em demonologia midiática”. E por aí vão os desvarios, heresias e imbecilidades desse sistema eclasiáticos pós-moderno.

Minha oração é para que venhamos a dar ouvidos ao texto de II Tm 4:2-4

2 - Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. 3 - Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; 4 - E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.

A PSICANÁLISE TEM RAZÃO

Um cristão mais desavisado pode, no ápice de sua religiosidade, torcer a cara para ciências como a psicanálise, partindo de pressupostos equivocados, como: esses caras são ateus, o pai da psicanálise, o tal do Freud, era ateu e por isso queria destruir toda experiência religiosa que nos cerca, ciência e fé não podem andar juntas e por aí vão as aberrações em nome da fé.

Todos sabemos das dificuldades inerentes a esta caminhada da fé com as ciências, mas o fato é que, em alguns casos, não poucos, as ciências têm nos mostrado como uma fé embasada em Jesus, na Bíblia, na ética e no compromisso com o outro e consigo mesmo fazem toda a diferença entre uma existência humana degradante e uma existência humana profícua.

É com base em grandes pensadores e pesquisadores da psicanálise que vou aqui mostrar a neurose social causada pela ausência de referências firmes e éticas que a fé nos possibilita, para além de uma vida sem Deus, sem paz e sem salvação.

Grandes psicanalistas como Erik Erikson e Rollo May afirmam que muito dos problemas de nossa sociedade, muitas de nossas mazelas, muito da desorientação da sociedade moderna, a falta de norma e de significado, são neuroses de nosso tempo que têm suas origens na diminuição da religiosidade.

Carl Jung, por exemplo, contradiz Freud explicitamente, ao declarar que a falta de religião, de uma religião viva, constitui a causa de numerosas neuroses, enquanto Freud asseverava que a religião propiciava as pessoas uma neurose obsessiva universal. Aqui é interessante observarmos que não é nenhum teólogo pietista que contradiz Freud, mas sim um psicanalista de renome mundial.

Na época de Freud, a repressão da sexualidade e o sentimento de culpa, eram causas fundamentais das neuroses de seu tempo, mas Küng, teórico renomado do tema e não cristão, afirma que hoje – nossas neuroses tem origem na falta de orientação, de norma, de significado, de sentido, o vazio, e, portanto a repressão da moralidade e da religiosidade.

ENTRE O ESSENCIAL E O SECUNDÁRIO

A principal diferença entre um homem de fé e o indiferente está no fato de que o primeiro renuncia a uma parte do secundário para ter o Essencial, enquanto que o segundo, tratando de agarrar todo o secundário, renuncia totalmente o Essencial.

Pe. Giovanni Martinetti

Nas minhas férias estive a ler um livro chamado: Razões para crer, do Pe. Giovanni Martinetti que me confirmou duas teses defendidas por minha pessoa. Primeiro: temos muitas razões para crer. Segundo: Muitos líderes evangélicos precisam aprender apologética com parte considerável da liderança católica. Mas como o tema do presente escrito não é a ignorância teológica da maioria de nossa liderança cristã-evangélica e sim, as inúmeras razões que temos para crer e fazer crer.

O livro é de uma riqueza apologética insofismável, é um livro que fala de fé com clareza, objetividade e razão, mostrando o quanto é razoável crer em Deus, na Bíblia e nas pessoas.

O que mais me chamou atenção no livro é como existem duas classes de pessoas bem específicas, a saber, o de fé e o indiferente. Mas para além dessa classificação didática e lúcida, nos fica também explícito quanto o indiferente sofre com tanta indiferença. Os indiferentes são realmente diferentes, pois é no meio dos tais que ocorrem mais suicídios, homicídios, abortos, divórcios, consumo de drogas e, nos últimos anos, tem crescido entre os indiferentes o número de soropositivos de Aids.

O fato é que faltam referências firmes aos indiferentes e essas referências estão em nossas mãos, nas mãos dos homens de fé, pois só nós é que podemos mostrar aos indiferentes que Jesus é o caminho a verdade e a vida (Jo 14:6). Nós devemos mostrar aos indiferentes que o Não matarás (Ex. 20:13) sempre vai será a melhor decisão. Nós, os homens de fé, devemos mostrar aos indiferentes que melhor é serem dois do que um, porque assim terão melhor proveito em sua existência e que, se um cair, o outro levanta o seu companheiro (Ecl 4:9,10). Devemos mostrar aos indiferentes que obedecer a mãe e o pai é justo e prolonga nossos dias na terra (Ef 6:1, 2). Devemos mostrar aos indiferentes que melhor é deixar a mentira e falar a verdade, porque somos membros uns dos outros (Ef 4:25). Devemos levar os indiferentes a venerarem o matrimônio e o leito sem mácula, pois isso os livrará do julgamento divino (Hb 13:4). Temos que mostrar aos indiferentes que existe um novo céu e uma nova terra (Ap 21:1), não podemos privá-los de saber que Jesus cedo vem (Ap 22:20)

O fato é que se você nunca disse nada disso aos indiferentes que sobrevivem ao seu redor, já não sei mais quem são os indiferentes desta história, mas passo a conhecer os causadores de tanta indiferença!

Nós temos e conhecemos o Essencial, compartilhemos! (I Co 11:23a).

Não é verdadeiro que o homem, como às vezes se diz, não possa organizar a Terra sem Deus. O que é verdadeiro é que, sem Deus, ele só consegue organizá-la contra o próprio homem!

Henri de Lubac – O drama do humanismo ateu.

PREGUEMOS O EVANGELHO SEM FALAR DAS BOAS NOVAS!

Outro dia, presenciei uma cena no mínimo, surrealista. Fui a uma grande igreja evangélica aqui em Belo Horizonte, em um encontro de jovens. A Igreja é muito grande, muito rica, estrutura fenomenal, gente muito bonita, pessoas de posses e com certeza crentes em Deus.

Mas o que me chamou a atenção foi uma peça teatral que durou cerca de 40 minutos e, pasmem, não trouxe uma linha em seu roteiro que falasse de Deus, Evangelho, Salvação, Bíblia, Volta de Cristo, Céu, inferno e todas essas coisas, que ao meu ver, para esta igreja estão um tanto quanto... fora de moda.

E para incrementar a presente discussão conversava com uma jovem filha de pastor que achou super legal a estratégia da peça: um evangelismo sem boas novas, que inclusive, é o que significa evangelho: BOAS NOVAS. Mas raciocinem comigo: vamos pregar o evangelho através de uma peça teatral, que me parece uma estratégia super eficiente, mas com uma inovação infernal, sem falar as boas novas. Você está entendendo? A geração de hoje acha uma estratégia interessante pregar o evangelho sem falar do evangelho! É isso mesmo, boas novas sem se falar de boas novas.

Nossas igrejas são confortáveis, temos uma banda muito afinada, os instrumentos mais caros do mercado, nos igrejas têm uma arquitetura supra-sumo, pessoas lindas e bem vestidas, carro com o tanque cheio, faço faculdade disso e daquilo, escrevo um super roteiro, encho os bancos de minha igreja de não-cristãos, faço-os rir muito, mas por favor, nada de evangelho, nada de boas novas, não, nada disso! Lutamos tanto para trazê-los aqui e agora vamos estragar tudo falando sobre essas coisas ultrapassadas, como: só vai para o céu os que aceitarem Jesus como salvador (Jo 14:6); Jesus cura (Mt 14:36); Jesus Voltará (I Ts 4:16); Devemos ser santos (I Ts 4:3); O céu é real (Ap 21); O inferno é real (Ap 20:15); Deus te ama (Jo 3:16) e por aí vão as possibilidades...

Percebes meu caro leitor, alguém aqui está ultrapassado! Ou são os super roteiristas de nossas peças quase-cristãs ou é a Bíblia!

Em Jeremias 23:28b diz assim: (...) e aquele em quem está a minha palavra, fale a minha palavra com verdade.(...). O texto nos diz que a Palavra só pode ser dita com Verdade se a pessoa que pronuncia tal Palavra a tem dentro de si, ou seja, só fala da Palavra com Verdade que tem a mesma dentro de si. E esse me parece o problema do nosso roteirista teatral, dos admiradores dessa estratégia inócua e de muitos da geração presente: não têm a Palavra dentro de si, isto é, conhecem-na, mas não a vive.

O nosso grande erro é vivermos como a geração ouvinte e não praticante que Tiago (Tg 1:22-25) nos alertava a mais ou menos 1957 (aprox. 49 d. C.) anos atrás naquele livro antigo chamado Bíblia Sagrada... Bíblia... Palavra de Deus... Escritura... Verdade...